Taiwan teve 393 notificações de casos da COVID-19 e seis óbitos registrados.

Nesta terça-feira (14) a FCDL-PE marcou presença na conferência organizada pelo Tribunal de Contas da Paraíba (TCE-PB), com o tema “Estratégias e tecnologias utilizadas por Taiwan no combate ao coronavírus”. A conferência via Google Meet contou com a apresentação do Embaixador de Tawian no Brasil, Jiang-Guen Her, e da Diplomata de Taiwan, Catarina Chen. O mediador entre perguntas e respostas foi o auditor e especialista em Smart Cities, André Agra.

O evento teve o objetivo de trocar as experiências vividas em Tawian e no Brasil para orientar os participantes a respeito das estratégias realizadas pelos asiáticos em meio à crise da pandemia. É tempo de aprender com quem obteve resultados demasiadamente melhores que nos nossos. Para se ter uma ideia, o país que possui 23 milhões de habitantes constatou apenas 393 notificações de casos da COVID-19 e seis óbitos decorrentes do vírus. Já no Brasil, temos quase 24 mil pessoas que já foram infectadas e mais de mil mortes.

Ao se inteirar dos dados apresentados na ocasião, o Presidente da FCDL-PE Eduardo Catão fez uma ressalva. “É importante nós entendermos que a cultura disciplinar e tecnológica que eles têm é diferente da nossa. Mas isso não nos impede de aprendermos com os acertos deles, a começar pela elaboração do planejamento de crise”, afirma.

De acordo com as palavras do embaixador Jiang-Guen Her, a inteligência de gestão e tecnologia utilizada por eles fez toda diferença nos resultados. Desde o primeiro caso, o paciente foi isolado e todas as pessoas que entraram em contato com ele também ficaram em quarentena. Por isso, não houve necessidade de fechamento do comércio e das escolas. E mesmo com os estabelecimentos e instituições abertas, todas as precauções foram adotadas, incluindo barreiras de plástico entre os alunos, por exemplo.  “Temos mais de dez anos de estudos sobre planejamento de crise por conta do histórico dos países asiáticos”, explica.

Levando em consideração toda essa experiência, a diplomata Catarina Chen apresentou algumas das principais medidas tomadas desde o início da proliferação do coronavírus na China. “Realizamos o controle de fronteiras e de transporte público, determinamos quarentena para os casos essenciais autorizados a entrar em Taiwan, recomendamos a distância de mais de um metro entre pessoas, engajamos militares na produção de máscaras de proteção e orientamos os profissionais de saúde a não saírem do país”, aponta.

Além disso, a população taiwanesa ainda contou com a tecnologia a seu favor. Foi criado um aplicativo para relatar o histórico de viagens e o estado de saúde dos usuários. Após o cadastramento, todos dados foram encaminhados para o Departamento de Controle de Doenças. Dessa forma, com a orientação do Governo e a disciplina da população, Taiwan conseguiu conter o Coronavírus em sua região para tão logo ter a normalidade conquistada no dia a dia de seus habitantes.

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